IndieWeb

#indieweb mastodon.social/tags/indieweb

I've always wanted the opportunity to talk about the #IndieWeb at a meet-up, so I'm pretty stoked to be speaking at the next OpenUK Digital alongside @calumryan

It's an online event at lunchtime, so if your extra screen is free, join us! 😁

https://www.meetup.com/openuk/events/303912333/

October 31, 2024 11:17am +00:00

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#indieweb mastodon.social/tags/indieweb

Beschäftige mich mit dem ActivityPub – WordPress plugin und der Möglichkeit, mithilfe von IndieBlocks Markdown zu posten.

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#Indieweb #Markdown

October 28, 2024 6:33pm +00:00

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James jamesg.blog

Readable and memorable URLs

#IndieWeb

October 31, 2024 12:00am +00:00

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#indieweb mastodon.social/tags/indieweb

How this blog does IndieWeb

https://www.jeremykun.com/2024/10/30/how-this-blog-does-indieweb

#indieweb

October 31, 2024 5:24am +00:00

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#indieweb mastodon.social/tags/indieweb

Seja queer, faça um site

[fonte da foto]

Eu poderia falar que todas as grandes empresas por trás de redes sociais são culpadas por ou coniventes com atrocidades – como o genocídio em Myanmar, ameaças de bombas em escolas e trabalhadóries urinando em garrafas por medo de perderem emprego se tiverem que ir até o banheiro. Poderia também falar do que essas empresas fazem com sues usuáries, como usar dados de usuáries para treinar algoritmos de “inteligência artificial”, censura de postagens que chamam a atenção para sistemas opressivos e exposição de pessoas a desinformação e ódio.

A onda atual é enfiar “inteligência artificial” generativa em tudo, o que também é uma questão bastante problemática. Este texto fala sobre questões de ética e imprecisão nos resultados de pesquisas de Google, este é sobre como os bancos de dados usados por esse tipo de algoritmo foram construídos via exploração e este é sobre os grandes impactos ambientais que a tecnologia demanda.

Mas entendo que a maioria das pessoas não se importa com nada disso. Vão dar de ombros e reclamar que as alternativas mais éticas simplesmente não têm gente suficiente para serem interessantes a elas, ou que gostam dos algoritmos de curadoria que não exigem o esforço de pesquisar por assuntos que interessam ou de perguntar ativamente por recomendações.

E, por isso, não vou argumentar sobre largar redes mais populares, e sim sobre considerar abrir lugar em sua vida para espaços alternativos.

O ciclo de informações perdidas

Redes sociais que funcionam com base em linhas do tempo – ou qualquer coisa parecida que priorize conteúdo atual – dificulta o acesso a coisas que cada pessoa pode considerar informações básicas. Isso prejudica tanto pessoas que não sabem muito sobre certo assunto e que podem nunca entrar em contato com tais informações quanto pessoas que podem querer repassar tais informações a outres.

Sites de pesquisa também são cada vez mais inúteis. Alguns começaram a mostrar logo de cara respostas geradas automaticamente que não requerem entrar em alguma página para conferir seus contextos, e mesmo lugares que não fazem isso automaticamente, como Ecosia e DuckDuckGo, acabam priorizando sites que consideram mais consagrados (sites de notícias, wikis, sites comerciais) acima de lugares onde informações são construídas e circuladas com mais frequência (blogs, redes sociais).

Acredito que a necessidade de postar todo ano “o que significa LGBTQIAPN+“, “qual a diferença entre bi e pan“, “o que é não-binárie” e outras coisas provavelmente batidas pra grande maioria das pessoas lendo este texto – mas quase sempre perguntadas quando estamos interagindo com estranhes – acaba sendo por um hábito de querer chegar em pessoas novas no assunto que só engajariam nele por estar sendo esfregado na cara. Tal hábito também tem a ver com a ideia abstrata de “informação acessível”: provavelmente algo assim vai ser mais popular a curto prazo do que um assunto como “pronome/d[pronome] é uma maneira redundante de expressar linguagem pessoal“, “existem sim orientações específicas para pessoas não-binárias” ou “o que faz com que uma identidade de gênero esteja dentro do guarda-chuva xenogênero“.

Redes sociais que colocam limites estritos nos formatos e números de caracteres também contribuem para que assuntos não sejam aprofundados, além de acostumarem pessoas com a ideia de que extrapolar tais limites justifica ignorar o que essas pessoas têm a dizer (a questão do “textão”). Vivemos num mundo complexo e cheio de nuances, mas frases prontas com opiniões extremas conseguem sempre receber mais atenção.

Afinal, o que é mais fácil repetir ou opinar sobre: “toda pessoa não-binária é trans” ou “pessoas não-binárias são cisdissidentes e suas pautas estão entrelaçadas com as da população trans, mas há motivos válidos para pessoas não-binárias nem sempre se entenderem dentro deste termo“? Ainda mais se a pessoa tiver que explicar o que é ultergênero, isogênero ou afins para que o argumento seja melhor contextualizado e entendido.

Daí as discussões ficam estagnadas. Não há o hábito – ou, dependendo da rede social, a própria possibilidade – de colocar links em textos para que pessoas saibam qual é a base da discussão, então há sempre a necessidade de se repetir quando se vai referenciar algum conceito que não for considerado comum. A maioria também não quer ter o trabalho de organizar coisas fora das redes sociais às quais se apegam, preferindo uma sequência de postagens referenciando outras sequências ou uma coleção de stories (isso quando há alguma organização) a sistemas disponíveis para quem não quer ter contas em tais sites ou em formatos mais preparados para lidar com informações pertinentes.

Sempre há gente não informada, e portanto sempre há gente que precisa de informações básicas, e portanto há uma ausência de discussões aprofundadas, a qual também contribui para que menos gente lembre das informações básicas. Discussões mais profundas acabam tendo alcance limitado, porque lugares favoráveis a tais discussões são menos frequentados e mais difíceis de pesquisar. Já postagens feitas em perfis pessoais ordenados de forma cronológica sem oferecer muitas alternativas se perdem facilmente.

A falácia da falta de alcance

“Todo mundo está no Instagram.” Só que as poucas vezes que visito o site não são o suficiente para acompanhar tudo o que todas as contas que sigo postam. Só que conheço outras pessoas que não usam muito ou nada dessa rede social, só entrando no máximo quando alguém manda um link ou uma mensagem.

Só que praticamente toda pessoa que sei que tentou produzir conteúdo frequente para a rede demonstrou decepção com a pouca repercussão de suas postagens e com a superficialidade do entendimento dos assuntos que tratavam no site. Há relatos frequentes de pessoas que recebem grandes números de “curtidas” em suas publicações, mas que posteriormente presenciam as mesmas pessoas que “curtiram” interagindo da mesma forma com publicações defendendo opiniões opostas, ou fazendo perguntas que demonstram uma falta total de compreensão de informações que foram repetidas várias vezes.

Espaços chamados de alternativos na internet se tratam de colocar qualidade acima de quantidade. Quem está em fóruns quer falar com outres entusiastas de certo assunto, mesmo que isso signifique que haja menos gente com quem interagir e compactuar com regras mais rígidas. Quem está em redes sociais mantidas por entusiastas está procurando gente com valores parecidos em ambientes mais saudáveis, mesmo que suas postagens não tenham chance de “viralizar”. Quem tem blogs ou sites pessoais muitas vezes não tem métricas boas acerca de quantas pessoas diferentes estão lendo ou ouvindo suas palavras.

Mas a questão é que, na minha experiência, com poucas exceções, o que faz com que alguém preste atenção em qualquer assunto é uma conexão pessoal. E essa conexão pode acontecer com conteúdo online aleatório achado por alguém, mas isso vai ser sempre muito mais raro do que quando relações ativas são formadas com grupos e pessoas.

A maioria das pessoas que absorveu a questão de artigo/pronome/final de palavra ser importante fez isso por conta da repetição, de ter mais de uma pessoa falando sobre isso no mesmo lugar, de estar um espaço comunitário obrigando todes a aprenderem esse sistema ou da minha insistência em ensinar como ele funciona em conversas presenciais. Eu posso ter distribuído centenas de livretos sobre linguagem pessoal e ter falado sobre o sistema em diversos lugares e formatos, mas gente que tem 99% de contato com quem usa indicações como “elu/delu” e “pronomes neutros” ainda vai cair nisso se o único contato com a/p/f for como uma curiosidade abstrata ao invés de pessoas com conjuntos incomuns lutando pra que um sistema mais inclusivo seja popularizado.

Esse é um exemplo, e ele pode parecer “de nicho”, mas a realidade é que qualquer questão não tão presente na vida de alguém vai parecer “de nicho” se não houver investimento pessoal. Existem trocentos espaços que consideram quaisquer questões de marginalização como “políticas demais para espaços de lazer” porque as pessoas marginalizadas à sua volta não falam disso, por mais que em certos espaços para pessoas marginalizadas qualquer pessoa seria ridicularizada ao levantar a ideia de que chamar a atenção para racismo ou misoginia seja irrelevante só porque o assunto não é esse.

Mesmo que o que você faça não tenha a ver com ativismo, a questão é que a maioria das pessoas não se importa em absorver informações, e que quem realmente se importa vai ir atrás do que você faz mesmo que não esteja nas redes sociais que geralmente usa. Redes sociais populares podem ser úteis pra espalhar a mensagem de que o que você faz existe, mas se limitar aos seus formatos de organização e postagens não vai te beneficiar tanto assim.

Primeiro passo

Considere qual o formato mais adequado para disponibilizar as informações:

Um blog geralmente já vai vir com sistemas de comentários e de tags embutidos, além de possibilitar a criação de páginas estáticas para ajudar a apontar pessoas para os locais onde elas se interessam. Porém, estes são mais voltados para uma lógica de “linha do tempo”, a qual destaca publicações mais recentes.
Um site estático geralmente permite uma liberdade maior em relação a como o conteúdo publicado será exposto, embora isso exija mais de seu tempo e de sua imaginação (mesmo que você vá usar um serviço que não necessite aprender a usar HTML). Se você só quer listar algumas informações, ou quiser experimentar mais com formatos diferentes para cada publicação, provavelmente um site estático será um formato mais adequado do que um blog.
Uma wiki é uma enciclopédia online que facilita contribuições coletivas e categorização de publicações. Se a ideia é disponibilizar informações mas também permitir que outres contribuam, este formato pode ser interessante.
Um fórum é uma espécie de comunidade independente, geralmente direcionada a um assunto central. Mesmo fóruns sem assunto específico tendem a ter identidades próprias em relação ao tom permitido dentro deles, geralmente indicado pelas regras e/ou pelo comportamento de outres usuáries. Fóruns são úteis para requisitar opiniões e conversar, e, embora às vezes sejam usados como blogs (para postar informações organizadas com as mais recentes no topo de forma que permite comentários), não é um formato que recomendo caso o objetivo seja disponibilizar informações, a não ser que a ideia seja ter só o trabalho de moderação e abrir para que todes contribuam da forma que quiserem.

É possível ter um domínio que disponibilize mais de um tipo de formato: aqui no Orientando, o menu oferece uma série de páginas estáticas, e as listas nunca são categorizadas simplesmente por qual página foi feita mais recentemente, mas há também este blog, que embora tenha tags vá sempre priorizar publicações mais recentes. A parte estática é mais adequada para passar informações que não vão ser mais ou menos relevantes dependendo da época visitada de forma organizada, enquanto o blog possui publicações que fazem mais sentido de acordo com contextos específicos, ou que são opiniões ou compilações consideradas menos essenciais para o foco do site.

O blog também permite comentários diretamente após cada publicação, enquanto comentários ou correções direcionadas às páginas estáticas devem ser feitas em nosso fórum. Que é por si só um formato diferente que visivelmente usa um software separado para seu funcionamento.

Enquanto isso, Blogue Alternative, cuja manutenção é feita por ume amigue minhe, tem majoritariamente publicações de opinião, muitas das quais são feitas em resposta a discussões do momento, mas também tem um menu oferecendo algumas páginas estáticas com informações que podem ir sendo atualizadas quando isso for adequado.

Existem opções envolvendo mais ou menos complexidade dentro de cada um dos formatos citados:

Dreamwidth, WordPress.com e instâncias de WriteFreely são exemplos de lugares onde é possível criar blogs;
Ghost, Hugo, Jekyll e WordPress.org são exemplos de softwares de blogs/sites que podem ser instalados num servidor próprio;
ichi, Nekoweb, Neocities e yay.boo permitem que usuáries criem páginas com base em seus próprios arquivos HTML/CSS/etc. Já Carrd, mmm.page e Straw.Page têm a proposta de fornecer os próprios blocos para construção de sites de forma que necessita menos conhecimento sobre como funciona a publicação de páginas;
Miraheze e Wikidot são lugares que permitem a criação de wikis;
dokuwiki e MediaWiki são softwares de publicação de wikis que podem ser instalados num servidor próprio;
Forumeiros e ProBoards são exemplos de lugares onde é possível criar fóruns;
Flarum e MyBB são exemplos de softwares de fóruns que podem ser instalados em um servidor próprio.

Para quem não sabe, quando eu digo um servidor próprio, estou me referindo a uma máquina que terá sempre que estar ligada para que o site fique acessível. É possível usar um computador na própria casa, mas é mais comum a utilização de serviços oferecidos por empresas ou outras entidades, como leprd.space, NearlyFreeSpeech.Net ou TinyKVM. Esta é uma opção mais avançada que eu não recomendo para quem não sabe o que está fazendo, mas há sempre a possibilidade de aprender a usar servidores se houver vontade de ir atrás do conhecimento.

Ao se registrar em um site como Dreamwidth, Miraheze, Neocities ou Straw.Page, ainda há servidores envolvidos: é só que sues usuáries têm menos controle sobre eles. Isso tem suas próprias vantagens e desvantagens.

Após fazer uma conta e/ou instalar programas na máquina, é possível testar se suas ideias funcionam naquele formato. Por exemplo, talvez o site gratuito que não requisite mexer com código acabe não possibilitando o layout desejado para a página, ou talvez o servidor barato não tenha memória suficiente para a intenção original do projeto. Pode ser importante testar os limites de cada formato antes de insistir em algum.

POSSE

Publish (on your) Own Site, Syndicate Elsewhere (publique em seu próprio site, transmita no resto dos lugares) é um princípio que defende manter conexões em quaisquer redes sociais que a pessoa quiser, mas de forma que indique um link para a página original a qual (a princípio) a pessoa tem mais controle sobre. Assim, outras pessoas recebem a notícia de publicações novas nos aplicativos/sites que frequentam, mas de forma que (idealmente) a pessoa não precisa repostar versões diferentes da mesma coisa em lugares diferentes.

Por exemplo: Ariel tem seu próprio site em ariel.example. Quando Ariel publica a página ariel.example/texto.html, elu pode espalhar a informação sobre essa publicação em grupos de WhatsApp, no Tumblr, no Reddit, em colorid.es e no BlueSky, sem ter que se preocupar com reescrever o texto de forma diferente para cada lugar, com fornecer um link que vai pedir para que ume visitante crie uma conta para ler ou com seu texto ser perdido por Ariel ter sido banide de uma plataforma social por motivos alheios à publicação.

RSS também é uma ferramenta útil para acompanhar blogs alheios e agregá-los de forma compatível com diversas plataformas diferentes. Nem sempre faz sentido acompanhar as atualizações de um site via RSS, mas é uma ferramenta bem importante para o formato de blog. Um texto explicando mais sobre RSS e como usar está disponível aqui.

Mas afinal, o que há de tão queer nisso?

Alguns princípios comuns em comunidades queer são:

Expressão pessoal independente das estruturas impostas como corretas pela sociedade hegemônica;
Questionamentos sobre o quanto do que é empurrado como comportamento “correto”, “importante” ou “natural” é realmente relevante para nossas vidas;
Desconfiança em relação às grandes empresas, que têm mais interesse em nos explorar do que em nos acolher;
Construção e manutenção de comunidades e meios de comunicação alternatives a espaços construídos e dominados por pessoas mais privilegiadas.

Quanto mais alguém se aventura a construir o próprio layout, codificar o próprio site, manter serviços personalizados em um servidor próprio e afins, mais a pessoa pode exercer independência sobre sua própria página. Em um mundo onde perfis de redes sociais estão cada vez mais padronizados, até algumas plataformas de blogs e sites gratuitos conseguem oferecer possibilidades mais diversas de identidade visual.

Quanto menos alguém depende de alguma rede social específica funcionando para socializar ou conseguir visualizações para seu trabalho, mais é possível questionar o quanto é importante alguém ter que frequentar tal rede social. E se há menos publicações, ou publicações mais vagas que apontam para links próprios, há menos material para ser usado livremente e facilmente por grandes empresas.

Fóruns e wikis moderades por pessoas queer permitem colaborações alheias em ambientes que não deixam espaço para discursos de ódio, fortalecendo também a saúde mental des interessades. Também tendem a ser ambientes que estimulam discussões com mais nuance do que simplesmente expressar concordância ou discordância do que alguém disse.

Promover sites próprios e comunidades alternativas também se alinha com o que o próprio Orientando faz: mostrar que não existe um limite absurdamente pequeno para as formas de existência que alguém pode expressar, o qual é baseado em popularidade e só pode aumentar com base no que publicações mais formais reconhecem.

Recursos e exemplos

Webmaster links oferece ferramentas de acessibilidade, gráficos bonitinhos para colocar em sites pessoais, guias para fazer layouts de sites e outros recursos na língua inglesa para ajudar pessoas a construir suas páginas;
Resources List for the Personal Web oferece mais opções de hospedagem do que os exemplos que dei aqui, além de ter listas de códigos prontos para formulários e afins, guias de HTML e CSS, códigos gratuitos para layouts e outras coisas assim;
Queer Coded webring é uma espécie de diretório dinâmico – um webring – mostrando sites feitos por queers;
Acing the Internet é um webring para pessoas assexuais;
Transing the Internet é um webring para pessoas trans;
LesbieRing é um webring para lésbiques;

Aqui vão uns exemplos de projetos na língua portuguesa que foram requisitados por mim:

Nil está criando seu website! Site pessoal com portfólios, recomendações e afins.
verde musgo é um site pessoal com textos, recomendações e afins.
Gatinha Paradoxal é um site pessoal com textos.

Também posso apresentar como exemplos de independência das redes sociais comerciais este próprio site (orientando.org), nosso fórum e meu blog pessoal, assim como outras coisas linkadas no meu site pessoal.

#IndieWeb #queer

https://orientando.org/2024/10/seja-queer-faca-um-site/

October 31, 2024 2:33am +00:00

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Poderia tamb\u00e9m falar do que essas empresas fazem com sues usu\u00e1ries, como <a href=\"https://www.zdnet.com/article/meta-uses-your-facebook-data-to-train-its-ai-heres-how-to-opt-out-sort-of/\">usar dados de usu\u00e1ries para treinar algoritmos de \u201cintelig\u00eancia artificial\u201d</a>, <a href=\"https://nileane.fr/@nileane/111902622268572511\">censura de postagens</a> <a href=\"https://www.abc.net.au/news/2021-07-26/tiktok-algorithm-dangerous-eating-disorder-content-censorship/100277134\">que chamam a aten\u00e7\u00e3o para sistemas opressivos</a> e <a href=\"https://www.bbc.com/news/world-us-canada-65246394\">exposi\u00e7\u00e3o de pessoas a desinforma\u00e7\u00e3o e \u00f3dio</a>. </p><p> A onda atual \u00e9 enfiar \u201cintelig\u00eancia artificial\u201d generativa em tudo, o que tamb\u00e9m \u00e9 uma quest\u00e3o bastante problem\u00e1tica. <a href=\"https://www.intercept.com.br/2024/05/30/busca-ia-do-google-problemas/\">Este texto fala sobre quest\u00f5es de \u00e9tica e imprecis\u00e3o nos resultados de pesquisas de Google</a>, <a href=\"https://www.noemamag.com/the-exploited-labor-behind-artificial-intelligence/\">este \u00e9 sobre como os bancos de dados usados por esse tipo de algoritmo foram constru\u00eddos via explora\u00e7\u00e3o</a> e <a href=\"https://www.ufsm.br/pet/sistemas-de-informacao/2024/10/21/o-impacto-ambiental-das-inteligencias-artificiais\">este \u00e9 sobre os grandes impactos ambientais que a tecnologia demanda</a>. </p><p> Mas entendo que a maioria das pessoas n\u00e3o se importa com nada disso. V\u00e3o dar de ombros e reclamar que as alternativas mais \u00e9ticas simplesmente n\u00e3o t\u00eam gente suficiente para serem interessantes a elas, ou que gostam dos algoritmos de curadoria que n\u00e3o exigem o esfor\u00e7o de pesquisar por assuntos que interessam ou de perguntar ativamente por recomenda\u00e7\u00f5es. </p><p> E, por isso, n\u00e3o vou argumentar sobre largar redes mais populares, e sim sobre considerar abrir lugar em sua vida para espa\u00e7os alternativos. </p><p> \u00a0 </p><p><strong>O ciclo de informa\u00e7\u00f5es perdidas</strong></p><p> Redes sociais que funcionam com base em linhas do tempo \u2013 ou qualquer coisa parecida que priorize conte\u00fado atual \u2013 dificulta o acesso a coisas que cada pessoa pode considerar informa\u00e7\u00f5es b\u00e1sicas. Isso prejudica tanto pessoas que n\u00e3o sabem muito sobre certo assunto e que podem nunca entrar em contato com tais informa\u00e7\u00f5es quanto pessoas que podem querer repassar tais informa\u00e7\u00f5es a outres. </p><p> Sites de pesquisa tamb\u00e9m s\u00e3o cada vez mais in\u00fateis. Alguns come\u00e7aram a mostrar logo de cara respostas geradas automaticamente que n\u00e3o requerem entrar em alguma p\u00e1gina para conferir seus contextos, e mesmo lugares que n\u00e3o fazem isso automaticamente, como <a href=\"https://www.ecosia.org\">Ecosia</a> e <a href=\"https://duckduckgo.com\">DuckDuckGo</a>, acabam priorizando sites que consideram mais consagrados (sites de not\u00edcias, wikis, sites comerciais) acima de lugares onde informa\u00e7\u00f5es s\u00e3o constru\u00eddas e circuladas com mais frequ\u00eancia (blogs, redes sociais). </p><p> Acredito que a necessidade de postar todo ano \u201c<a href=\"https://orientando.org/o-que-significa-lgbtqiap/\">o que significa LGBTQIAPN+</a>\u201c, \u201c<a href=\"https://orientando.org/2020/05/as-diferencas-ou-nao-diferencas-entre-orientacoes-multi/\">qual a diferen\u00e7a entre bi e pan</a>\u201c, \u201c<a href=\"https://orientando.org/listas/lista-de-generos/nao-binarie/\">o que \u00e9 n\u00e3o-bin\u00e1rie</a>\u201d e outras coisas provavelmente batidas pra grande maioria das pessoas lendo este texto \u2013 mas quase sempre perguntadas quando estamos interagindo com estranhes \u2013 acaba sendo por um h\u00e1bito de querer chegar em pessoas novas no assunto que s\u00f3 engajariam nele por estar sendo esfregado na cara. Tal h\u00e1bito tamb\u00e9m tem a ver com a ideia abstrata de \u201cinforma\u00e7\u00e3o acess\u00edvel\u201d: provavelmente algo assim vai ser mais popular a curto prazo do que um assunto como \u201c<a href=\"https://amplifi.casa/~/Asterismos/motivos-para-n%C3%A3o-usar-pronome-d-pronome-como-indica%C3%A7%C3%A3o-de-conjuntos-de-linguagem/\">pronome/d[pronome] \u00e9 uma maneira redundante de expressar linguagem pessoal</a>\u201c, \u201c<a href=\"https://orientando.org/listas/lista-de-orientacoes/\">existem sim orienta\u00e7\u00f5es espec\u00edficas para pessoas n\u00e3o-bin\u00e1rias</a>\u201d ou \u201c<a href=\"https://starrypride.neocities.org/textos/xenogeneros\">o que faz com que uma identidade de g\u00eanero esteja dentro do guarda-chuva xenog\u00eanero</a>\u201c. </p><p> Redes sociais que colocam limites estritos nos formatos e n\u00fameros de caracteres tamb\u00e9m contribuem para que assuntos n\u00e3o sejam aprofundados, al\u00e9m de acostumarem pessoas com a ideia de que extrapolar tais limites justifica ignorar o que essas pessoas t\u00eam a dizer (a quest\u00e3o do \u201ctext\u00e3o\u201d). Vivemos num mundo complexo e cheio de nuances, mas frases prontas com opini\u00f5es extremas conseguem sempre receber mais aten\u00e7\u00e3o. </p><p> Afinal, o que \u00e9 mais f\u00e1cil repetir ou opinar sobre: \u201ctoda pessoa n\u00e3o-bin\u00e1ria \u00e9 trans\u201d ou \u201cpessoas n\u00e3o-bin\u00e1rias s\u00e3o cisdissidentes e suas pautas est\u00e3o entrela\u00e7adas com as da popula\u00e7\u00e3o trans, mas <a href=\"https://multiplasidentidades.tumblr.com/post/641053603411492864/nem-todes-que-s%C3%A3o-n%C3%A3o-bin%C3%A1ries-s%C3%A3o-trans\">h\u00e1 motivos v\u00e1lidos para pessoas n\u00e3o-bin\u00e1rias nem sempre se entenderem dentro deste termo</a>\u201c? Ainda mais se a pessoa tiver que explicar o que \u00e9 <a href=\"https://orientando.org/listas/lista-de-modalidades-de-genero/\">ulterg\u00eanero, isog\u00eanero ou afins</a> para que o argumento seja melhor contextualizado e entendido. </p><p> Da\u00ed as discuss\u00f5es ficam estagnadas. N\u00e3o h\u00e1 o h\u00e1bito \u2013 ou, dependendo da rede social, a pr\u00f3pria possibilidade \u2013 de colocar links em textos para que pessoas saibam qual \u00e9 a base da discuss\u00e3o, ent\u00e3o h\u00e1 sempre a necessidade de se repetir quando se vai referenciar algum conceito que n\u00e3o for considerado comum. A maioria tamb\u00e9m n\u00e3o quer ter o trabalho de organizar coisas fora das redes sociais \u00e0s quais se apegam, preferindo uma sequ\u00eancia de postagens referenciando outras sequ\u00eancias ou uma cole\u00e7\u00e3o de stories (isso quando h\u00e1 alguma organiza\u00e7\u00e3o) a sistemas dispon\u00edveis para quem n\u00e3o quer ter contas em tais sites ou em formatos mais preparados para lidar com informa\u00e7\u00f5es pertinentes. </p><p> Sempre h\u00e1 gente n\u00e3o informada, e portanto sempre h\u00e1 gente que precisa de informa\u00e7\u00f5es b\u00e1sicas, e portanto h\u00e1 uma aus\u00eancia de discuss\u00f5es aprofundadas, a qual tamb\u00e9m contribui para que menos gente lembre das informa\u00e7\u00f5es b\u00e1sicas. Discuss\u00f5es mais profundas acabam tendo alcance limitado, porque lugares favor\u00e1veis a tais discuss\u00f5es s\u00e3o menos frequentados e mais dif\u00edceis de pesquisar. J\u00e1 postagens feitas em perfis pessoais ordenados de forma cronol\u00f3gica sem oferecer muitas alternativas se perdem facilmente. </p><p> \u00a0 </p><p><strong>A fal\u00e1cia da falta de alcance</strong></p><p> \u201cTodo mundo est\u00e1 no Instagram.\u201d S\u00f3 que as poucas vezes que visito o site n\u00e3o s\u00e3o o suficiente para acompanhar tudo o que todas as contas que sigo postam. S\u00f3 que conhe\u00e7o outras pessoas que n\u00e3o usam muito ou nada dessa rede social, s\u00f3 entrando no m\u00e1ximo quando algu\u00e9m manda um link ou uma mensagem. </p><p> S\u00f3 que praticamente toda pessoa que sei que tentou produzir conte\u00fado frequente para a rede demonstrou decep\u00e7\u00e3o com a pouca repercuss\u00e3o de suas postagens e com a superficialidade do entendimento dos assuntos que tratavam no site. H\u00e1 relatos frequentes de pessoas que recebem grandes n\u00fameros de \u201ccurtidas\u201d em suas publica\u00e7\u00f5es, mas que posteriormente presenciam as mesmas pessoas que \u201ccurtiram\u201d interagindo da mesma forma com publica\u00e7\u00f5es defendendo opini\u00f5es opostas, ou fazendo perguntas que demonstram uma falta total de compreens\u00e3o de informa\u00e7\u00f5es que foram repetidas v\u00e1rias vezes. </p><p> Espa\u00e7os chamados de alternativos na internet se tratam de colocar qualidade acima de quantidade. Quem est\u00e1 em f\u00f3runs quer falar com outres entusiastas de certo assunto, mesmo que isso signifique que haja menos gente com quem interagir e compactuar com regras mais r\u00edgidas. Quem est\u00e1 em redes sociais mantidas por entusiastas est\u00e1 procurando gente com valores parecidos em ambientes mais saud\u00e1veis, mesmo que suas postagens n\u00e3o tenham chance de \u201cviralizar\u201d. Quem tem blogs ou sites pessoais muitas vezes n\u00e3o tem m\u00e9tricas boas acerca de quantas pessoas diferentes est\u00e3o lendo ou ouvindo suas palavras. </p><p> Mas a quest\u00e3o \u00e9 que, na minha experi\u00eancia, com poucas exce\u00e7\u00f5es, o que faz com que algu\u00e9m preste aten\u00e7\u00e3o em qualquer assunto \u00e9 uma conex\u00e3o pessoal. E essa conex\u00e3o pode acontecer com conte\u00fado online aleat\u00f3rio achado por algu\u00e9m, mas isso vai ser sempre muito mais raro do que quando rela\u00e7\u00f5es ativas s\u00e3o formadas com grupos e pessoas. </p><p> A maioria das pessoas que absorveu <a href=\"https://asters.work/apf.html\">a quest\u00e3o de artigo/pronome/final de palavra ser importante</a> fez isso por conta da repeti\u00e7\u00e3o, de ter mais de uma pessoa falando sobre isso no mesmo lugar, de estar um espa\u00e7o comunit\u00e1rio obrigando todes a aprenderem esse sistema ou da minha insist\u00eancia em ensinar como ele funciona em conversas presenciais. Eu posso ter distribu\u00eddo centenas de <a href=\"https://amplifi.casa/~/Asterismos/tudo-ou-pelo-menos-muita-coisa-sobre-linguagem-pessoal\">livretos sobre linguagem pessoal</a> e ter falado sobre o sistema <a href=\"https://forum.orientando.org/thread-4.html\">em</a> <a href=\"https://ajudanhincq.wordpress.com/2019/03/15/o-sistema-artigo-pronome-final-de-palavra/\">diversos</a> <a href=\"https://colorid.es/@tath/100090857582341369\">lugares</a> <a href=\"https://orientando.org/para-imprimir/questoes-de-linguagem/\">e</a> <a href=\"https://orientando.org/2024/04/que-tal-usar-artigo-pronome-final-de-palavra-para-descrever-conjuntos-de-linguagem/\">formatos</a>, mas gente que tem 99% de contato com quem usa indica\u00e7\u00f5es como \u201celu/delu\u201d e \u201cpronomes neutros\u201d ainda vai cair nisso se o \u00fanico contato com a/p/f for como uma curiosidade abstrata ao inv\u00e9s de pessoas com conjuntos incomuns lutando pra que um sistema mais inclusivo seja popularizado. </p><p> Esse \u00e9 um exemplo, e ele pode parecer \u201cde nicho\u201d, mas a realidade \u00e9 que qualquer quest\u00e3o n\u00e3o t\u00e3o presente na vida de algu\u00e9m vai parecer \u201cde nicho\u201d se n\u00e3o houver investimento pessoal. Existem trocentos espa\u00e7os que consideram quaisquer quest\u00f5es de marginaliza\u00e7\u00e3o como \u201cpol\u00edticas demais para espa\u00e7os de lazer\u201d porque as pessoas marginalizadas \u00e0 sua volta n\u00e3o falam disso, por mais que em <a href=\"https://amplifi.casa/~/Asterismos/um-guia-introdut%C3%B3rio-para-comunidades-nhincq-inclusivas\">certos espa\u00e7os para pessoas marginalizadas</a> qualquer pessoa seria ridicularizada ao levantar a ideia de que chamar a aten\u00e7\u00e3o para racismo ou misoginia seja irrelevante s\u00f3 porque o assunto n\u00e3o \u00e9 esse. </p><p> Mesmo que o que voc\u00ea fa\u00e7a n\u00e3o tenha a ver com ativismo, a quest\u00e3o \u00e9 que a maioria das pessoas n\u00e3o se importa em absorver informa\u00e7\u00f5es, e que quem realmente se importa vai ir atr\u00e1s do que voc\u00ea faz mesmo que n\u00e3o esteja nas redes sociais que geralmente usa. Redes sociais populares podem ser \u00fateis pra espalhar a mensagem de que o que voc\u00ea faz existe, mas se limitar aos seus formatos de organiza\u00e7\u00e3o e postagens n\u00e3o vai te beneficiar tanto assim. </p><p> \u00a0 </p><p><strong>Primeiro passo</strong></p><p> Considere qual o formato mais adequado para disponibilizar as informa\u00e7\u00f5es: </p><ul><li>Um <strong>blog</strong> geralmente j\u00e1 vai vir com sistemas de coment\u00e1rios e de tags embutidos, al\u00e9m de possibilitar a cria\u00e7\u00e3o de p\u00e1ginas est\u00e1ticas para ajudar a apontar pessoas para os locais onde elas se interessam. Por\u00e9m, estes s\u00e3o mais voltados para uma l\u00f3gica de \u201clinha do tempo\u201d, a qual destaca publica\u00e7\u00f5es mais recentes.</li><li>Um <strong>site est\u00e1tico</strong> geralmente permite uma liberdade maior em rela\u00e7\u00e3o a como o conte\u00fado publicado ser\u00e1 exposto, embora isso exija mais de seu tempo e de sua imagina\u00e7\u00e3o (mesmo que voc\u00ea v\u00e1 usar um servi\u00e7o que n\u00e3o necessite aprender a usar HTML). Se voc\u00ea s\u00f3 quer listar algumas informa\u00e7\u00f5es, ou quiser experimentar mais com formatos diferentes para cada publica\u00e7\u00e3o, provavelmente um site est\u00e1tico ser\u00e1 um formato mais adequado do que um blog.</li><li>Uma <strong>wiki</strong> \u00e9 uma enciclop\u00e9dia online que facilita contribui\u00e7\u00f5es coletivas e categoriza\u00e7\u00e3o de publica\u00e7\u00f5es. Se a ideia \u00e9 disponibilizar informa\u00e7\u00f5es mas tamb\u00e9m permitir que outres contribuam, este formato pode ser interessante.</li><li>Um <strong>f\u00f3rum</strong> \u00e9 uma esp\u00e9cie de comunidade independente, geralmente direcionada a um assunto central. Mesmo f\u00f3runs sem assunto espec\u00edfico tendem a ter identidades pr\u00f3prias em rela\u00e7\u00e3o ao tom permitido dentro deles, geralmente indicado pelas regras e/ou pelo comportamento de outres usu\u00e1ries. F\u00f3runs s\u00e3o \u00fateis para requisitar opini\u00f5es e conversar, e, embora \u00e0s vezes sejam usados como blogs (para postar informa\u00e7\u00f5es organizadas com as mais recentes no topo de forma que permite coment\u00e1rios), n\u00e3o \u00e9 um formato que recomendo caso o objetivo seja disponibilizar informa\u00e7\u00f5es, a n\u00e3o ser que a ideia seja ter s\u00f3 o trabalho de modera\u00e7\u00e3o e abrir para que todes contribuam da forma que quiserem.</li></ul><p> \u00c9 poss\u00edvel ter um dom\u00ednio que disponibilize mais de um tipo de formato: aqui no Orientando, o menu oferece uma s\u00e9rie de p\u00e1ginas est\u00e1ticas, e as listas nunca s\u00e3o categorizadas simplesmente por qual p\u00e1gina foi feita mais recentemente, mas h\u00e1 tamb\u00e9m este blog, que embora tenha tags v\u00e1 sempre priorizar publica\u00e7\u00f5es mais recentes. A parte est\u00e1tica \u00e9 mais adequada para passar informa\u00e7\u00f5es que n\u00e3o v\u00e3o ser mais ou menos relevantes dependendo da \u00e9poca visitada de forma organizada, enquanto o blog possui publica\u00e7\u00f5es que fazem mais sentido de acordo com contextos espec\u00edficos, ou que s\u00e3o opini\u00f5es ou compila\u00e7\u00f5es consideradas menos essenciais para o foco do site. </p><p> O blog tamb\u00e9m permite coment\u00e1rios diretamente ap\u00f3s cada publica\u00e7\u00e3o, enquanto coment\u00e1rios ou corre\u00e7\u00f5es direcionadas \u00e0s p\u00e1ginas est\u00e1ticas devem ser feitas <a href=\"https://forum.orientando.org\">em nosso f\u00f3rum</a>. Que \u00e9 por si s\u00f3 um formato diferente que visivelmente usa um software separado para seu funcionamento. </p><p> Enquanto isso, <a href=\"https://bloguealternative.wordpress.com\">Blogue Alternative</a>, cuja manuten\u00e7\u00e3o \u00e9 feita por ume amigue minhe, tem majoritariamente publica\u00e7\u00f5es de opini\u00e3o, muitas das quais s\u00e3o feitas em resposta a discuss\u00f5es do momento, mas tamb\u00e9m tem um menu oferecendo algumas p\u00e1ginas est\u00e1ticas com informa\u00e7\u00f5es que podem ir sendo atualizadas quando isso for adequado. </p><p> Existem op\u00e7\u00f5es envolvendo mais ou menos complexidade dentro de cada um dos formatos citados: </p><ul><li><a href=\"https://www.dreamwidth.org\">Dreamwidth</a>, <a href=\"https://wordpress.com\">WordPress.com</a> e inst\u00e2ncias de <a href=\"https://writefreely.org/instances\">WriteFreely</a> s\u00e3o exemplos de lugares onde \u00e9 poss\u00edvel <strong>criar blogs</strong>;</li><li><a href=\"https://ghost.org/docs/install/\">Ghost</a>, <a href=\"https://gohugo.io/\">Hugo</a>, <a href=\"https://jekyllrb.com/\">Jekyll</a> e <a href=\"https://wordpress.org\">WordPress.org</a> s\u00e3o exemplos de <strong>softwares de blogs/sites</strong> que podem ser instalados num servidor pr\u00f3prio;</li><li><a href=\"https://ichi.city\">ichi</a>, <a href=\"https://nekoweb.org/\">Nekoweb</a>, <a href=\"https://neocities.org/\">Neocities</a> e <a href=\"https://yay.boo/\">yay.boo</a> permitem que usu\u00e1ries <strong>criem p\u00e1ginas</strong> com base em seus pr\u00f3prios arquivos <a href=\"https://developer.mozilla.org/pt-BR/docs/Web/HTML\">HTML</a>/<a href=\"https://developer.mozilla.org/pt-BR/docs/Web/CSS\">CSS</a>/etc. J\u00e1 <a href=\"https://carrd.co/\">Carrd</a>, <a href=\"https://mmm.page/\">mmm.page</a> e <a href=\"https://straw.page/\">Straw.Page</a> t\u00eam a proposta de fornecer os pr\u00f3prios blocos para constru\u00e7\u00e3o de sites de forma que necessita menos conhecimento sobre como funciona a publica\u00e7\u00e3o de p\u00e1ginas;</li><li><a href=\"https://miraheze.org/\">Miraheze</a> e <a href=\"https://www.wikidot.com/\">Wikidot</a> s\u00e3o lugares que permitem a <strong>cria\u00e7\u00e3o de wikis</strong>;</li><li><a href=\"https://www.dokuwiki.org/dokuwiki\">dokuwiki</a> e <a href=\"https://www.mediawiki.org/wiki/MediaWiki\">MediaWiki</a> s\u00e3o <strong>softwares de publica\u00e7\u00e3o de wikis</strong> que podem ser instalados num servidor pr\u00f3prio;</li><li><a href=\"https://www.forumeiros.com/\">Forumeiros</a> e <a href=\"https://www.proboards.com/\">ProBoards</a> s\u00e3o exemplos de lugares onde \u00e9 poss\u00edvel <strong>criar f\u00f3runs</strong>;</li><li><a href=\"https://flarum.org/\">Flarum</a> e <a href=\"https://mybb.com/\">MyBB</a> s\u00e3o exemplos de <strong>softwares de f\u00f3runs</strong> que podem ser instalados em um servidor pr\u00f3prio.</li></ul><p> Para quem n\u00e3o sabe, quando eu digo um servidor pr\u00f3prio, estou me referindo a uma m\u00e1quina que ter\u00e1 sempre que estar ligada para que o site fique acess\u00edvel. \u00c9 poss\u00edvel usar um computador na pr\u00f3pria casa, mas \u00e9 mais comum a utiliza\u00e7\u00e3o de servi\u00e7os oferecidos por empresas ou outras entidades, como <a href=\"https://leprd.space/\">leprd.space</a>, <a href=\"https://www.nearlyfreespeech.net/\">NearlyFreeSpeech.Net</a> ou <a href=\"https://tinykvm.com/\">TinyKVM</a>. Esta \u00e9 uma op\u00e7\u00e3o mais avan\u00e7ada que eu n\u00e3o recomendo para quem n\u00e3o sabe o que est\u00e1 fazendo, mas h\u00e1 sempre a possibilidade de aprender a usar servidores se houver vontade de ir atr\u00e1s do conhecimento. </p><p> Ao se registrar em um site como Dreamwidth, Miraheze, Neocities ou Straw.Page, ainda h\u00e1 servidores envolvidos: \u00e9 s\u00f3 que sues usu\u00e1ries t\u00eam menos controle sobre eles. Isso tem suas pr\u00f3prias vantagens e desvantagens. </p><p> Ap\u00f3s fazer uma conta e/ou instalar programas na m\u00e1quina, \u00e9 poss\u00edvel testar se suas ideias funcionam naquele formato. Por exemplo, talvez o site gratuito que n\u00e3o requisite mexer com c\u00f3digo acabe n\u00e3o possibilitando o layout desejado para a p\u00e1gina, ou talvez o servidor barato n\u00e3o tenha mem\u00f3ria suficiente para a inten\u00e7\u00e3o original do projeto. Pode ser importante testar os limites de cada formato antes de insistir em algum. </p><p> \u00a0 </p><p><strong>POSSE</strong></p><p> <a href=\"https://indieweb.org/POSSE\"><em>Publish (on your) Own Site, Syndicate Elsewhere</em></a> (publique em seu pr\u00f3prio site, transmita no resto dos lugares) \u00e9 um princ\u00edpio que defende manter conex\u00f5es em quaisquer redes sociais que a pessoa quiser, mas de forma que indique um link para a p\u00e1gina original a qual (a princ\u00edpio) a pessoa tem mais controle sobre. Assim, outras pessoas recebem a not\u00edcia de publica\u00e7\u00f5es novas nos aplicativos/sites que frequentam, mas de forma que (idealmente) a pessoa n\u00e3o precisa repostar vers\u00f5es diferentes da mesma coisa em lugares diferentes. </p><p> Por exemplo: Ariel tem seu pr\u00f3prio site em <em>ariel.example</em>. Quando Ariel publica a p\u00e1gina <em>ariel.example/texto.html</em>, elu pode espalhar a informa\u00e7\u00e3o sobre essa publica\u00e7\u00e3o em grupos de WhatsApp, no Tumblr, no Reddit, em colorid.es e no BlueSky, sem ter que se preocupar com reescrever o texto de forma diferente para cada lugar, com fornecer um link que vai pedir para que ume visitante crie uma conta para ler ou com seu texto ser perdido por Ariel ter sido banide de uma plataforma social por motivos alheios \u00e0 publica\u00e7\u00e3o. </p><p> RSS tamb\u00e9m \u00e9 uma ferramenta \u00fatil para acompanhar blogs alheios e agreg\u00e1-los de forma compat\u00edvel com diversas plataformas diferentes. Nem sempre faz sentido acompanhar as atualiza\u00e7\u00f5es de um site via RSS, mas \u00e9 uma ferramenta bem importante para o formato de blog. <a href=\"https://amplifi.casa/~/Asterismos/o-que-%C3%A9-rss-o-porqu%C3%AA-de-ainda-existir-e-como-usar\">Um texto explicando mais sobre RSS e como usar est\u00e1 dispon\u00edvel aqui.</a> </p><p> \u00a0 </p><p><strong>Mas afinal, o que h\u00e1 de t\u00e3o queer nisso?</strong></p><p> Alguns princ\u00edpios comuns em comunidades queer s\u00e3o: </p><ul><li>Express\u00e3o pessoal independente das estruturas impostas como corretas pela sociedade hegem\u00f4nica;</li><li>Questionamentos sobre o quanto do que \u00e9 empurrado como comportamento \u201ccorreto\u201d, \u201cimportante\u201d ou \u201cnatural\u201d \u00e9 realmente relevante para nossas vidas;</li><li>Desconfian\u00e7a em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s grandes empresas, que t\u00eam mais interesse em nos explorar do que em nos acolher;</li><li>Constru\u00e7\u00e3o e manuten\u00e7\u00e3o de comunidades e meios de comunica\u00e7\u00e3o alternatives a espa\u00e7os constru\u00eddos e dominados por pessoas mais privilegiadas.</li></ul><p> Quanto mais algu\u00e9m se aventura a construir o pr\u00f3prio layout, codificar o pr\u00f3prio site, manter servi\u00e7os personalizados em um servidor pr\u00f3prio e afins, mais a pessoa pode exercer independ\u00eancia sobre sua pr\u00f3pria p\u00e1gina. Em um mundo onde perfis de redes sociais est\u00e3o cada vez mais padronizados, at\u00e9 algumas plataformas de blogs e sites gratuitos conseguem oferecer possibilidades mais diversas de identidade visual. </p><p> Quanto menos algu\u00e9m depende de alguma rede social espec\u00edfica funcionando para socializar ou conseguir visualiza\u00e7\u00f5es para seu trabalho, mais \u00e9 poss\u00edvel questionar o quanto \u00e9 importante algu\u00e9m ter que frequentar tal rede social. E se h\u00e1 menos publica\u00e7\u00f5es, ou publica\u00e7\u00f5es mais vagas que apontam para links pr\u00f3prios, h\u00e1 menos material para ser usado livremente e facilmente por grandes empresas. </p><p> F\u00f3runs e wikis moderades por pessoas queer permitem colabora\u00e7\u00f5es alheias em ambientes que n\u00e3o deixam espa\u00e7o para discursos de \u00f3dio, fortalecendo tamb\u00e9m a sa\u00fade mental des interessades. Tamb\u00e9m tendem a ser ambientes que estimulam discuss\u00f5es com mais nuance do que simplesmente expressar concord\u00e2ncia ou discord\u00e2ncia do que algu\u00e9m disse. </p><p> Promover sites pr\u00f3prios e comunidades alternativas tamb\u00e9m se alinha com o que o pr\u00f3prio Orientando faz: mostrar que n\u00e3o existe um limite absurdamente pequeno para as formas de exist\u00eancia que algu\u00e9m pode expressar, o qual \u00e9 baseado em popularidade e s\u00f3 pode aumentar com base no que publica\u00e7\u00f5es mais formais reconhecem. </p><p> \u00a0 </p><p><strong>Recursos e exemplos</strong></p><ul><li><a href=\"https://goblin-heart.net/sadgrl/webmastery/webmaster-links\">Webmaster links</a> oferece ferramentas de acessibilidade, gr\u00e1ficos bonitinhos para colocar em sites pessoais, guias para fazer layouts de sites e outros recursos na l\u00edngua inglesa para ajudar pessoas a construir suas p\u00e1ginas;</li><li><a href=\"https://discourse.32bit.cafe/t/resources-list-for-the-personal-web/49\">Resources List for the Personal Web</a> oferece mais op\u00e7\u00f5es de hospedagem do que os exemplos que dei aqui, al\u00e9m de ter listas de c\u00f3digos prontos para formul\u00e1rios e afins, guias de HTML e CSS, c\u00f3digos gratuitos para layouts e outras coisas assim;</li><li><a href=\"https://neptune.monster/webring/\">Queer Coded webring</a> \u00e9 uma esp\u00e9cie de diret\u00f3rio din\u00e2mico \u2013 um webring \u2013 mostrando sites feitos por queers;</li><li><a href=\"https://acingtheinternet.netlify.app/\">Acing the Internet</a> \u00e9 um webring para <a href=\"https://orientando.org/listas/lista-de-orientacoes/ace-aro-etc/\">pessoas assexuais</a>;</li><li><a href=\"https://transring.neocities.org/\">Transing the Internet</a> \u00e9 um webring para pessoas <a href=\"https://orientando.org/listas/lista-de-modalidades-de-genero/\">trans</a>;</li><li><a href=\"https://fandango.neocities.org/lesbiering/\">LesbieRing</a> \u00e9 um webring para <a href=\"https://orientando.org/listas/lista-de-orientacoes/lesbica/\">l\u00e9sbiques</a>;</li></ul><p> Aqui v\u00e3o uns exemplos de projetos na l\u00edngua portuguesa que <a href=\"https://colorid.es/@Aster/113387551321009523\">foram requisitados por mim</a>: </p><ul><li><a href=\"https://nilpontohtml.neocities.org/\">Nil est\u00e1 criando seu website!</a> Site pessoal com portf\u00f3lios, recomenda\u00e7\u00f5es e afins.</li><li><a href=\"https://verdemusgo.neocities.org/\">verde musgo</a> \u00e9 um site pessoal com textos, recomenda\u00e7\u00f5es e afins.</li><li><a href=\"https://gatinhaparadoxal.nekoweb.org/\">Gatinha Paradoxal</a> \u00e9 um site pessoal com textos.</li></ul><p> Tamb\u00e9m posso apresentar como exemplos de independ\u00eancia das redes sociais comerciais este pr\u00f3prio site (orientando.org), <a href=\"https://forum.orientando.org/\">nosso f\u00f3rum</a> e <a href=\"https://amplifi.casa/~/Asterismos\">meu blog pessoal</a>, assim como outras coisas linkadas no <a href=\"https://asters.work/\">meu site pessoal</a>. </p><p></p> <p><a class=\"u-tag u-category\" href=\"https://orientando.org/tag/indieweb/\">#IndieWeb</a> <a class=\"u-tag u-category\" href=\"https://orientando.org/tag/queer/\">#queer</a></p><p><a href=\"https://orientando.org/2024/10/seja-queer-faca-um-site/\"><span>https://</span><span>orientando.org/2024/10/seja-qu</span><span>eer-faca-um-site/</span></a></p>",
        "text": "Seja queer, fa\u00e7a um site\n\n [fonte da foto]    Eu poderia falar que todas as grandes empresas por tr\u00e1s de redes sociais s\u00e3o culpadas por ou coniventes com atrocidades \u2013 como o genoc\u00eddio em Myanmar, amea\u00e7as de bombas em escolas e trabalhad\u00f3ries urinando em garrafas por medo de perderem emprego se tiverem que ir at\u00e9 o banheiro. Poderia tamb\u00e9m falar do que essas empresas fazem com sues usu\u00e1ries, como usar dados de usu\u00e1ries para treinar algoritmos de \u201cintelig\u00eancia artificial\u201d, censura de postagens que chamam a aten\u00e7\u00e3o para sistemas opressivos e exposi\u00e7\u00e3o de pessoas a desinforma\u00e7\u00e3o e \u00f3dio. \n\n A onda atual \u00e9 enfiar \u201cintelig\u00eancia artificial\u201d generativa em tudo, o que tamb\u00e9m \u00e9 uma quest\u00e3o bastante problem\u00e1tica. Este texto fala sobre quest\u00f5es de \u00e9tica e imprecis\u00e3o nos resultados de pesquisas de Google, este \u00e9 sobre como os bancos de dados usados por esse tipo de algoritmo foram constru\u00eddos via explora\u00e7\u00e3o e este \u00e9 sobre os grandes impactos ambientais que a tecnologia demanda. \n\n Mas entendo que a maioria das pessoas n\u00e3o se importa com nada disso. V\u00e3o dar de ombros e reclamar que as alternativas mais \u00e9ticas simplesmente n\u00e3o t\u00eam gente suficiente para serem interessantes a elas, ou que gostam dos algoritmos de curadoria que n\u00e3o exigem o esfor\u00e7o de pesquisar por assuntos que interessam ou de perguntar ativamente por recomenda\u00e7\u00f5es. \n\n E, por isso, n\u00e3o vou argumentar sobre largar redes mais populares, e sim sobre considerar abrir lugar em sua vida para espa\u00e7os alternativos. \n\n \u00a0 \n\nO ciclo de informa\u00e7\u00f5es perdidas\n\n Redes sociais que funcionam com base em linhas do tempo \u2013 ou qualquer coisa parecida que priorize conte\u00fado atual \u2013 dificulta o acesso a coisas que cada pessoa pode considerar informa\u00e7\u00f5es b\u00e1sicas. Isso prejudica tanto pessoas que n\u00e3o sabem muito sobre certo assunto e que podem nunca entrar em contato com tais informa\u00e7\u00f5es quanto pessoas que podem querer repassar tais informa\u00e7\u00f5es a outres. \n\n Sites de pesquisa tamb\u00e9m s\u00e3o cada vez mais in\u00fateis. Alguns come\u00e7aram a mostrar logo de cara respostas geradas automaticamente que n\u00e3o requerem entrar em alguma p\u00e1gina para conferir seus contextos, e mesmo lugares que n\u00e3o fazem isso automaticamente, como Ecosia e DuckDuckGo, acabam priorizando sites que consideram mais consagrados (sites de not\u00edcias, wikis, sites comerciais) acima de lugares onde informa\u00e7\u00f5es s\u00e3o constru\u00eddas e circuladas com mais frequ\u00eancia (blogs, redes sociais). \n\n Acredito que a necessidade de postar todo ano \u201co que significa LGBTQIAPN+\u201c, \u201cqual a diferen\u00e7a entre bi e pan\u201c, \u201co que \u00e9 n\u00e3o-bin\u00e1rie\u201d e outras coisas provavelmente batidas pra grande maioria das pessoas lendo este texto \u2013 mas quase sempre perguntadas quando estamos interagindo com estranhes \u2013 acaba sendo por um h\u00e1bito de querer chegar em pessoas novas no assunto que s\u00f3 engajariam nele por estar sendo esfregado na cara. Tal h\u00e1bito tamb\u00e9m tem a ver com a ideia abstrata de \u201cinforma\u00e7\u00e3o acess\u00edvel\u201d: provavelmente algo assim vai ser mais popular a curto prazo do que um assunto como \u201cpronome/d[pronome] \u00e9 uma maneira redundante de expressar linguagem pessoal\u201c, \u201cexistem sim orienta\u00e7\u00f5es espec\u00edficas para pessoas n\u00e3o-bin\u00e1rias\u201d ou \u201co que faz com que uma identidade de g\u00eanero esteja dentro do guarda-chuva xenog\u00eanero\u201c. \n\n Redes sociais que colocam limites estritos nos formatos e n\u00fameros de caracteres tamb\u00e9m contribuem para que assuntos n\u00e3o sejam aprofundados, al\u00e9m de acostumarem pessoas com a ideia de que extrapolar tais limites justifica ignorar o que essas pessoas t\u00eam a dizer (a quest\u00e3o do \u201ctext\u00e3o\u201d). Vivemos num mundo complexo e cheio de nuances, mas frases prontas com opini\u00f5es extremas conseguem sempre receber mais aten\u00e7\u00e3o. \n\n Afinal, o que \u00e9 mais f\u00e1cil repetir ou opinar sobre: \u201ctoda pessoa n\u00e3o-bin\u00e1ria \u00e9 trans\u201d ou \u201cpessoas n\u00e3o-bin\u00e1rias s\u00e3o cisdissidentes e suas pautas est\u00e3o entrela\u00e7adas com as da popula\u00e7\u00e3o trans, mas h\u00e1 motivos v\u00e1lidos para pessoas n\u00e3o-bin\u00e1rias nem sempre se entenderem dentro deste termo\u201c? Ainda mais se a pessoa tiver que explicar o que \u00e9 ulterg\u00eanero, isog\u00eanero ou afins para que o argumento seja melhor contextualizado e entendido. \n\n Da\u00ed as discuss\u00f5es ficam estagnadas. N\u00e3o h\u00e1 o h\u00e1bito \u2013 ou, dependendo da rede social, a pr\u00f3pria possibilidade \u2013 de colocar links em textos para que pessoas saibam qual \u00e9 a base da discuss\u00e3o, ent\u00e3o h\u00e1 sempre a necessidade de se repetir quando se vai referenciar algum conceito que n\u00e3o for considerado comum. A maioria tamb\u00e9m n\u00e3o quer ter o trabalho de organizar coisas fora das redes sociais \u00e0s quais se apegam, preferindo uma sequ\u00eancia de postagens referenciando outras sequ\u00eancias ou uma cole\u00e7\u00e3o de stories (isso quando h\u00e1 alguma organiza\u00e7\u00e3o) a sistemas dispon\u00edveis para quem n\u00e3o quer ter contas em tais sites ou em formatos mais preparados para lidar com informa\u00e7\u00f5es pertinentes. \n\n Sempre h\u00e1 gente n\u00e3o informada, e portanto sempre h\u00e1 gente que precisa de informa\u00e7\u00f5es b\u00e1sicas, e portanto h\u00e1 uma aus\u00eancia de discuss\u00f5es aprofundadas, a qual tamb\u00e9m contribui para que menos gente lembre das informa\u00e7\u00f5es b\u00e1sicas. Discuss\u00f5es mais profundas acabam tendo alcance limitado, porque lugares favor\u00e1veis a tais discuss\u00f5es s\u00e3o menos frequentados e mais dif\u00edceis de pesquisar. J\u00e1 postagens feitas em perfis pessoais ordenados de forma cronol\u00f3gica sem oferecer muitas alternativas se perdem facilmente. \n\n \u00a0 \n\nA fal\u00e1cia da falta de alcance\n\n \u201cTodo mundo est\u00e1 no Instagram.\u201d S\u00f3 que as poucas vezes que visito o site n\u00e3o s\u00e3o o suficiente para acompanhar tudo o que todas as contas que sigo postam. S\u00f3 que conhe\u00e7o outras pessoas que n\u00e3o usam muito ou nada dessa rede social, s\u00f3 entrando no m\u00e1ximo quando algu\u00e9m manda um link ou uma mensagem. \n\n S\u00f3 que praticamente toda pessoa que sei que tentou produzir conte\u00fado frequente para a rede demonstrou decep\u00e7\u00e3o com a pouca repercuss\u00e3o de suas postagens e com a superficialidade do entendimento dos assuntos que tratavam no site. H\u00e1 relatos frequentes de pessoas que recebem grandes n\u00fameros de \u201ccurtidas\u201d em suas publica\u00e7\u00f5es, mas que posteriormente presenciam as mesmas pessoas que \u201ccurtiram\u201d interagindo da mesma forma com publica\u00e7\u00f5es defendendo opini\u00f5es opostas, ou fazendo perguntas que demonstram uma falta total de compreens\u00e3o de informa\u00e7\u00f5es que foram repetidas v\u00e1rias vezes. \n\n Espa\u00e7os chamados de alternativos na internet se tratam de colocar qualidade acima de quantidade. Quem est\u00e1 em f\u00f3runs quer falar com outres entusiastas de certo assunto, mesmo que isso signifique que haja menos gente com quem interagir e compactuar com regras mais r\u00edgidas. Quem est\u00e1 em redes sociais mantidas por entusiastas est\u00e1 procurando gente com valores parecidos em ambientes mais saud\u00e1veis, mesmo que suas postagens n\u00e3o tenham chance de \u201cviralizar\u201d. Quem tem blogs ou sites pessoais muitas vezes n\u00e3o tem m\u00e9tricas boas acerca de quantas pessoas diferentes est\u00e3o lendo ou ouvindo suas palavras. \n\n Mas a quest\u00e3o \u00e9 que, na minha experi\u00eancia, com poucas exce\u00e7\u00f5es, o que faz com que algu\u00e9m preste aten\u00e7\u00e3o em qualquer assunto \u00e9 uma conex\u00e3o pessoal. E essa conex\u00e3o pode acontecer com conte\u00fado online aleat\u00f3rio achado por algu\u00e9m, mas isso vai ser sempre muito mais raro do que quando rela\u00e7\u00f5es ativas s\u00e3o formadas com grupos e pessoas. \n\n A maioria das pessoas que absorveu a quest\u00e3o de artigo/pronome/final de palavra ser importante fez isso por conta da repeti\u00e7\u00e3o, de ter mais de uma pessoa falando sobre isso no mesmo lugar, de estar um espa\u00e7o comunit\u00e1rio obrigando todes a aprenderem esse sistema ou da minha insist\u00eancia em ensinar como ele funciona em conversas presenciais. Eu posso ter distribu\u00eddo centenas de livretos sobre linguagem pessoal e ter falado sobre o sistema em diversos lugares e formatos, mas gente que tem 99% de contato com quem usa indica\u00e7\u00f5es como \u201celu/delu\u201d e \u201cpronomes neutros\u201d ainda vai cair nisso se o \u00fanico contato com a/p/f for como uma curiosidade abstrata ao inv\u00e9s de pessoas com conjuntos incomuns lutando pra que um sistema mais inclusivo seja popularizado. \n\n Esse \u00e9 um exemplo, e ele pode parecer \u201cde nicho\u201d, mas a realidade \u00e9 que qualquer quest\u00e3o n\u00e3o t\u00e3o presente na vida de algu\u00e9m vai parecer \u201cde nicho\u201d se n\u00e3o houver investimento pessoal. Existem trocentos espa\u00e7os que consideram quaisquer quest\u00f5es de marginaliza\u00e7\u00e3o como \u201cpol\u00edticas demais para espa\u00e7os de lazer\u201d porque as pessoas marginalizadas \u00e0 sua volta n\u00e3o falam disso, por mais que em certos espa\u00e7os para pessoas marginalizadas qualquer pessoa seria ridicularizada ao levantar a ideia de que chamar a aten\u00e7\u00e3o para racismo ou misoginia seja irrelevante s\u00f3 porque o assunto n\u00e3o \u00e9 esse. \n\n Mesmo que o que voc\u00ea fa\u00e7a n\u00e3o tenha a ver com ativismo, a quest\u00e3o \u00e9 que a maioria das pessoas n\u00e3o se importa em absorver informa\u00e7\u00f5es, e que quem realmente se importa vai ir atr\u00e1s do que voc\u00ea faz mesmo que n\u00e3o esteja nas redes sociais que geralmente usa. Redes sociais populares podem ser \u00fateis pra espalhar a mensagem de que o que voc\u00ea faz existe, mas se limitar aos seus formatos de organiza\u00e7\u00e3o e postagens n\u00e3o vai te beneficiar tanto assim. \n\n \u00a0 \n\nPrimeiro passo\n\n Considere qual o formato mais adequado para disponibilizar as informa\u00e7\u00f5es: Um blog geralmente j\u00e1 vai vir com sistemas de coment\u00e1rios e de tags embutidos, al\u00e9m de possibilitar a cria\u00e7\u00e3o de p\u00e1ginas est\u00e1ticas para ajudar a apontar pessoas para os locais onde elas se interessam. Por\u00e9m, estes s\u00e3o mais voltados para uma l\u00f3gica de \u201clinha do tempo\u201d, a qual destaca publica\u00e7\u00f5es mais recentes.Um site est\u00e1tico geralmente permite uma liberdade maior em rela\u00e7\u00e3o a como o conte\u00fado publicado ser\u00e1 exposto, embora isso exija mais de seu tempo e de sua imagina\u00e7\u00e3o (mesmo que voc\u00ea v\u00e1 usar um servi\u00e7o que n\u00e3o necessite aprender a usar HTML). Se voc\u00ea s\u00f3 quer listar algumas informa\u00e7\u00f5es, ou quiser experimentar mais com formatos diferentes para cada publica\u00e7\u00e3o, provavelmente um site est\u00e1tico ser\u00e1 um formato mais adequado do que um blog.Uma wiki \u00e9 uma enciclop\u00e9dia online que facilita contribui\u00e7\u00f5es coletivas e categoriza\u00e7\u00e3o de publica\u00e7\u00f5es. Se a ideia \u00e9 disponibilizar informa\u00e7\u00f5es mas tamb\u00e9m permitir que outres contribuam, este formato pode ser interessante.Um f\u00f3rum \u00e9 uma esp\u00e9cie de comunidade independente, geralmente direcionada a um assunto central. Mesmo f\u00f3runs sem assunto espec\u00edfico tendem a ter identidades pr\u00f3prias em rela\u00e7\u00e3o ao tom permitido dentro deles, geralmente indicado pelas regras e/ou pelo comportamento de outres usu\u00e1ries. F\u00f3runs s\u00e3o \u00fateis para requisitar opini\u00f5es e conversar, e, embora \u00e0s vezes sejam usados como blogs (para postar informa\u00e7\u00f5es organizadas com as mais recentes no topo de forma que permite coment\u00e1rios), n\u00e3o \u00e9 um formato que recomendo caso o objetivo seja disponibilizar informa\u00e7\u00f5es, a n\u00e3o ser que a ideia seja ter s\u00f3 o trabalho de modera\u00e7\u00e3o e abrir para que todes contribuam da forma que quiserem. \u00c9 poss\u00edvel ter um dom\u00ednio que disponibilize mais de um tipo de formato: aqui no Orientando, o menu oferece uma s\u00e9rie de p\u00e1ginas est\u00e1ticas, e as listas nunca s\u00e3o categorizadas simplesmente por qual p\u00e1gina foi feita mais recentemente, mas h\u00e1 tamb\u00e9m este blog, que embora tenha tags v\u00e1 sempre priorizar publica\u00e7\u00f5es mais recentes. A parte est\u00e1tica \u00e9 mais adequada para passar informa\u00e7\u00f5es que n\u00e3o v\u00e3o ser mais ou menos relevantes dependendo da \u00e9poca visitada de forma organizada, enquanto o blog possui publica\u00e7\u00f5es que fazem mais sentido de acordo com contextos espec\u00edficos, ou que s\u00e3o opini\u00f5es ou compila\u00e7\u00f5es consideradas menos essenciais para o foco do site. \n\n O blog tamb\u00e9m permite coment\u00e1rios diretamente ap\u00f3s cada publica\u00e7\u00e3o, enquanto coment\u00e1rios ou corre\u00e7\u00f5es direcionadas \u00e0s p\u00e1ginas est\u00e1ticas devem ser feitas em nosso f\u00f3rum. Que \u00e9 por si s\u00f3 um formato diferente que visivelmente usa um software separado para seu funcionamento. \n\n Enquanto isso, Blogue Alternative, cuja manuten\u00e7\u00e3o \u00e9 feita por ume amigue minhe, tem majoritariamente publica\u00e7\u00f5es de opini\u00e3o, muitas das quais s\u00e3o feitas em resposta a discuss\u00f5es do momento, mas tamb\u00e9m tem um menu oferecendo algumas p\u00e1ginas est\u00e1ticas com informa\u00e7\u00f5es que podem ir sendo atualizadas quando isso for adequado. \n\n Existem op\u00e7\u00f5es envolvendo mais ou menos complexidade dentro de cada um dos formatos citados: Dreamwidth, WordPress.com e inst\u00e2ncias de WriteFreely s\u00e3o exemplos de lugares onde \u00e9 poss\u00edvel criar blogs;Ghost, Hugo, Jekyll e WordPress.org s\u00e3o exemplos de softwares de blogs/sites que podem ser instalados num servidor pr\u00f3prio;ichi, Nekoweb, Neocities e yay.boo permitem que usu\u00e1ries criem p\u00e1ginas com base em seus pr\u00f3prios arquivos HTML/CSS/etc. J\u00e1 Carrd, mmm.page e Straw.Page t\u00eam a proposta de fornecer os pr\u00f3prios blocos para constru\u00e7\u00e3o de sites de forma que necessita menos conhecimento sobre como funciona a publica\u00e7\u00e3o de p\u00e1ginas;Miraheze e Wikidot s\u00e3o lugares que permitem a cria\u00e7\u00e3o de wikis;dokuwiki e MediaWiki s\u00e3o softwares de publica\u00e7\u00e3o de wikis que podem ser instalados num servidor pr\u00f3prio;Forumeiros e ProBoards s\u00e3o exemplos de lugares onde \u00e9 poss\u00edvel criar f\u00f3runs;Flarum e MyBB s\u00e3o exemplos de softwares de f\u00f3runs que podem ser instalados em um servidor pr\u00f3prio. Para quem n\u00e3o sabe, quando eu digo um servidor pr\u00f3prio, estou me referindo a uma m\u00e1quina que ter\u00e1 sempre que estar ligada para que o site fique acess\u00edvel. \u00c9 poss\u00edvel usar um computador na pr\u00f3pria casa, mas \u00e9 mais comum a utiliza\u00e7\u00e3o de servi\u00e7os oferecidos por empresas ou outras entidades, como leprd.space, NearlyFreeSpeech.Net ou TinyKVM. Esta \u00e9 uma op\u00e7\u00e3o mais avan\u00e7ada que eu n\u00e3o recomendo para quem n\u00e3o sabe o que est\u00e1 fazendo, mas h\u00e1 sempre a possibilidade de aprender a usar servidores se houver vontade de ir atr\u00e1s do conhecimento. \n\n Ao se registrar em um site como Dreamwidth, Miraheze, Neocities ou Straw.Page, ainda h\u00e1 servidores envolvidos: \u00e9 s\u00f3 que sues usu\u00e1ries t\u00eam menos controle sobre eles. Isso tem suas pr\u00f3prias vantagens e desvantagens. \n\n Ap\u00f3s fazer uma conta e/ou instalar programas na m\u00e1quina, \u00e9 poss\u00edvel testar se suas ideias funcionam naquele formato. Por exemplo, talvez o site gratuito que n\u00e3o requisite mexer com c\u00f3digo acabe n\u00e3o possibilitando o layout desejado para a p\u00e1gina, ou talvez o servidor barato n\u00e3o tenha mem\u00f3ria suficiente para a inten\u00e7\u00e3o original do projeto. Pode ser importante testar os limites de cada formato antes de insistir em algum. \n\n \u00a0 \n\nPOSSE\n\n Publish (on your) Own Site, Syndicate Elsewhere (publique em seu pr\u00f3prio site, transmita no resto dos lugares) \u00e9 um princ\u00edpio que defende manter conex\u00f5es em quaisquer redes sociais que a pessoa quiser, mas de forma que indique um link para a p\u00e1gina original a qual (a princ\u00edpio) a pessoa tem mais controle sobre. Assim, outras pessoas recebem a not\u00edcia de publica\u00e7\u00f5es novas nos aplicativos/sites que frequentam, mas de forma que (idealmente) a pessoa n\u00e3o precisa repostar vers\u00f5es diferentes da mesma coisa em lugares diferentes. \n\n Por exemplo: Ariel tem seu pr\u00f3prio site em ariel.example. Quando Ariel publica a p\u00e1gina ariel.example/texto.html, elu pode espalhar a informa\u00e7\u00e3o sobre essa publica\u00e7\u00e3o em grupos de WhatsApp, no Tumblr, no Reddit, em colorid.es e no BlueSky, sem ter que se preocupar com reescrever o texto de forma diferente para cada lugar, com fornecer um link que vai pedir para que ume visitante crie uma conta para ler ou com seu texto ser perdido por Ariel ter sido banide de uma plataforma social por motivos alheios \u00e0 publica\u00e7\u00e3o. \n\n RSS tamb\u00e9m \u00e9 uma ferramenta \u00fatil para acompanhar blogs alheios e agreg\u00e1-los de forma compat\u00edvel com diversas plataformas diferentes. Nem sempre faz sentido acompanhar as atualiza\u00e7\u00f5es de um site via RSS, mas \u00e9 uma ferramenta bem importante para o formato de blog. Um texto explicando mais sobre RSS e como usar est\u00e1 dispon\u00edvel aqui. \n\n \u00a0 \n\nMas afinal, o que h\u00e1 de t\u00e3o queer nisso?\n\n Alguns princ\u00edpios comuns em comunidades queer s\u00e3o: Express\u00e3o pessoal independente das estruturas impostas como corretas pela sociedade hegem\u00f4nica;Questionamentos sobre o quanto do que \u00e9 empurrado como comportamento \u201ccorreto\u201d, \u201cimportante\u201d ou \u201cnatural\u201d \u00e9 realmente relevante para nossas vidas;Desconfian\u00e7a em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s grandes empresas, que t\u00eam mais interesse em nos explorar do que em nos acolher;Constru\u00e7\u00e3o e manuten\u00e7\u00e3o de comunidades e meios de comunica\u00e7\u00e3o alternatives a espa\u00e7os constru\u00eddos e dominados por pessoas mais privilegiadas. Quanto mais algu\u00e9m se aventura a construir o pr\u00f3prio layout, codificar o pr\u00f3prio site, manter servi\u00e7os personalizados em um servidor pr\u00f3prio e afins, mais a pessoa pode exercer independ\u00eancia sobre sua pr\u00f3pria p\u00e1gina. Em um mundo onde perfis de redes sociais est\u00e3o cada vez mais padronizados, at\u00e9 algumas plataformas de blogs e sites gratuitos conseguem oferecer possibilidades mais diversas de identidade visual. \n\n Quanto menos algu\u00e9m depende de alguma rede social espec\u00edfica funcionando para socializar ou conseguir visualiza\u00e7\u00f5es para seu trabalho, mais \u00e9 poss\u00edvel questionar o quanto \u00e9 importante algu\u00e9m ter que frequentar tal rede social. E se h\u00e1 menos publica\u00e7\u00f5es, ou publica\u00e7\u00f5es mais vagas que apontam para links pr\u00f3prios, h\u00e1 menos material para ser usado livremente e facilmente por grandes empresas. \n\n F\u00f3runs e wikis moderades por pessoas queer permitem colabora\u00e7\u00f5es alheias em ambientes que n\u00e3o deixam espa\u00e7o para discursos de \u00f3dio, fortalecendo tamb\u00e9m a sa\u00fade mental des interessades. Tamb\u00e9m tendem a ser ambientes que estimulam discuss\u00f5es com mais nuance do que simplesmente expressar concord\u00e2ncia ou discord\u00e2ncia do que algu\u00e9m disse. \n\n Promover sites pr\u00f3prios e comunidades alternativas tamb\u00e9m se alinha com o que o pr\u00f3prio Orientando faz: mostrar que n\u00e3o existe um limite absurdamente pequeno para as formas de exist\u00eancia que algu\u00e9m pode expressar, o qual \u00e9 baseado em popularidade e s\u00f3 pode aumentar com base no que publica\u00e7\u00f5es mais formais reconhecem. \n\n \u00a0 \n\nRecursos e exemplosWebmaster links oferece ferramentas de acessibilidade, gr\u00e1ficos bonitinhos para colocar em sites pessoais, guias para fazer layouts de sites e outros recursos na l\u00edngua inglesa para ajudar pessoas a construir suas p\u00e1ginas;Resources List for the Personal Web oferece mais op\u00e7\u00f5es de hospedagem do que os exemplos que dei aqui, al\u00e9m de ter listas de c\u00f3digos prontos para formul\u00e1rios e afins, guias de HTML e CSS, c\u00f3digos gratuitos para layouts e outras coisas assim;Queer Coded webring \u00e9 uma esp\u00e9cie de diret\u00f3rio din\u00e2mico \u2013 um webring \u2013 mostrando sites feitos por queers;Acing the Internet \u00e9 um webring para pessoas assexuais;Transing the Internet \u00e9 um webring para pessoas trans;LesbieRing \u00e9 um webring para l\u00e9sbiques; Aqui v\u00e3o uns exemplos de projetos na l\u00edngua portuguesa que foram requisitados por mim: Nil est\u00e1 criando seu website! Site pessoal com portf\u00f3lios, recomenda\u00e7\u00f5es e afins.verde musgo \u00e9 um site pessoal com textos, recomenda\u00e7\u00f5es e afins.Gatinha Paradoxal \u00e9 um site pessoal com textos. Tamb\u00e9m posso apresentar como exemplos de independ\u00eancia das redes sociais comerciais este pr\u00f3prio site (orientando.org), nosso f\u00f3rum e meu blog pessoal, assim como outras coisas linkadas no meu site pessoal. \n\n #IndieWeb #queer\n\nhttps://orientando.org/2024/10/seja-queer-faca-um-site/"
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#indieweb mastodon.social/tags/indieweb

Nintendo Music is out. I tried it.

https://mat.tl/blog/2024/10/30/nintendo-music/

#indieweb #blog #music

October 30, 2024 11:14pm +00:00

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#indieweb mastodon.social/tags/indieweb

My first post is up on my personal blog, The Digital Renaissance talking about why I think the Image Playground app exists at all

http://blog.samclemente.me/apples-image-playground-is-entirely-unserious-by-design/

#apple #technology #artificialintelligence #appleintelligence #blog #indieweb

October 30, 2024 8:33pm +00:00

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#indieweb mastodon.social/tags/indieweb

I've been thinking about @molly0xfff's #xoxo2024 talk about how the web is still a vibrant place to work, and also a place to support other people's work.

https://inkdroid.org/2024/10/30/support/

Is there an HTML pattern (#microformat, schema.org, well-known-uri, etc) for listing the people and projects on the web that you financially support? Maybe it just needs to be there for people to read. But it could be interesting to discover them as you browse?

Here's mine https://inkdroid.org/support/

#indieweb

October 30, 2024 8:07pm +00:00

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#indieweb mastodon.social/tags/indieweb

@Kye Eg: Somewhat of an similar thing to a bsky PLC (that @laurenshof spoke about here: https://mastodon.social/@laurenshof@indieweb.social/113356654498723193) would be an #IndieWeb nickname cache: https://indieweb.org/nicknames-cache

October 30, 2024 3:09pm +00:00

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        "html": "<p><span class=\"h-card\"><a class=\"u-url\" href=\"https://tech.lgbt/@Kye\">@<span>Kye</span></a></span> Eg: Somewhat of an similar thing to a bsky PLC (that <span class=\"h-card\"><a class=\"u-url\" href=\"https://indieweb.social/@laurenshof\">@<span>laurenshof</span></a></span> spoke about here: <a href=\"https://mastodon.social/@laurenshof@indieweb.social/113356654498723193\"><span>https://</span><span>mastodon.social/@laurenshof@in</span><span>dieweb.social/113356654498723193</span></a>) would be an <a href=\"https://mastodon.social/tags/IndieWeb\">#<span>IndieWeb</span></a> nickname cache: <a href=\"https://indieweb.org/nicknames-cache\"><span>https://</span><span>indieweb.org/nicknames-cache</span><span></span></a></p>\n<a class=\"u-mention\" href=\"https://indieweb.social/@laurenshof\"></a>\n<a class=\"u-mention\" href=\"https://tech.lgbt/@Kye\"></a>",
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Manton Reece www.manton.org

Readable and memorable URLs

The return of Austin's IndieWeb Meetup